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The social dilemma


O filme nos traz o cenário em que vivemos, com relação ao uso das tecnologias, e nos apresenta valiosas reflexões. A principal delas é com referência à ética.

Não podemos negar que houve mudanças significativas e sistêmicas no mundo graças ao impacto positivo das ferramentas de comunicação, mas é importante conhecer os dois lados da moeda. O que está em discussão é a saúde mental versus o uso das mídias sociais, o paradoxo entre a era da informação e a era da desinformação.

Quando olhamos ao redor, sentimos que o mundo está enlouquecendo. Isso é normal ou estamos todos enfeitiçados? Existe uma grande preocupação em quando a tecnologia será melhor do que nossas habilidades e inteligência. Quando ela tomará nossos empregos e será mais inteligente que nós. Mas há um momento anterior, em que a tecnologia supera as fraquezas humanas. Ao criar essa linha, temos a raiz do vício, da polarização, da radicalização, das revoltas e da vaidade. Ela está dominando a natureza humana e isso será o xeque-mate para a humanidade. Aceitamos a realidade do mundo ao qual somos apresentados. É simples assim.

Nós estamos tendo acesso a fatos diferentes. Não conseguimos mais reconhecer nem consumir informações que contradizem a visão de mundo que criamos. Não estamos sendo indivíduos autônomos e independentes.


“Se você não está pagando pelo produto, você é o produto.”


Permitiremos ser vendidos para quem pagar mais? Que a democracia seja comercializada ao alcançar qualquer mente desejada, apresentando uma mentira à população e criando guerras culturais? É isso que queremos?

Somos uma nação de pessoas que não conversam mais umas com as outras; que desfizeram amizades por causa de escolhas políticas. A divisão em extremos está nos destruindo. Precisamos ter uma compreensão comum sobre a realidade. A partir disso, cada um pode defender o seu ponto de vista e é absolutamente saudável.


“O produto é a gradativa, leve e imperceptível mudança em nosso comportamento e nossa percepção.”


Este problema está na base dos outros, porque se não concordamos sobre a verdade, não conseguiremos resolver nenhum dos nossos problemas. Não é que a tecnologia seja uma ameaça existencial. A tecnologia tem a capacidade de trazer à tona o pior da sociedade, e o pior da sociedade é uma ameaça existencial.


“Qualquer tecnologia avançada é indistinguível da mágica.” Arthur C. Clarke


A corrida pela atenção das pessoas não vai acabar. A tecnologia vai se integrar mais nas nossas vidas, não menos. Os algoritmos ficarão cada vez melhores em deduzir o que nos mantém na tela. Mas como alguém se liberta da matrix, se nem sabe que está nela?


“A utopia e a ignorância competirão em uma corrida até o momento final.” Buckminster Fuller


Tudo isso parece trágico. Não é bem assim. É confuso porque é utopia e distopia ao mesmo tempo. Há momentos em que existe um interesse nacional, mas há momentos em que o interesse das pessoas é mais importante.

Somos mais lucrativos para uma empresa se ficarmos olhando para a tela, do que se estivermos vivendo a vida de forma significativa. Acredito que podemos mudar o que as mídias sociais são e representam. A tecnologia não funciona com base nas leis da física. Não é algo concreto. Essas são as escolhas que temos feito. Cabe a nós mudar essas tecnologias. É nossa responsabilidade mudar.

Como podemos tornar o mundo melhor? Ao longa da história, sempre que algo melhorou foi porque alguém disse: não está bom; podemos melhorar. A crítica é o que leva à criação de algo melhor. Os críticos são os verdadeiros otimistas. Sejamos nós os atores dessa mudança!

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